28.2.06

Ao Carnaval de Salvador

Ah, sempre me contentou que a plebe se divertisse.
Sou-lhe alheio à alegria, mas não alheio a que a tenha.
Quero que sejam alegres à maneira deles.
Se o fossem à minha seriam tristes.
Não pretendo ser como eles, nem que eles sejam como eu.
Cada um no seu lugar e com a alegria dele
Cada um no seu ponto de espírito e falando a língua dele.
Ouço a sua alegria, amo-a, não participo, não a posso ter.


Álvaro de Campos

2 comentários:

Nanda disse...

Se o Fernando pessoa tivesse vivo eu tascava um beijo na boca dele.

Anônimo disse...

e eu que pensei ninguém saía ileso do Carnaval em Salvador... que bom que estava errada!