9.9.06

A vida desperdiçada

A vida desperdiça-se durante o sono
No entanto quereria eu dormir a vida inteira...

Tragam-me uma dose de café quente
Pois já não quero mais dormir
Quero antes resistir bravamente ao sono até quedar-me sobre o chão
Onde jazem todos os sonhos

Oh, sono de vida!
Vontade imensa de Ser que transubstancia-se no absoluto não-Ser
Quereria eu dormir
Mas já não é mais possível...

Resta-me, acordado, sentir todas as dores do mundo
E nelas encontrar prazer
Com a leve esperança de que um dia o sono virá
Pois sempre vem...
Irremediavelmente vem...
Sempre dormimos como um bebê ao fim da nossa jornada existencial

Um comentário:

Suhelen disse...

e é tão bom dormir...

parece muito comigo nos últimos dias...

bjoka pa tu, moço!!!